domingo, 28 de novembro de 2010

PORQUE CRIAR OVINOS

PORQUE CRIAR OVINOS     
Fonte: www.srovinos.com.br

  • A carne de ovinos brasileiro mal dá para o consumo interno.
  • Uma carne muito saudável.
  • A maior de todas as curiosidades:
A ovinocultura é, em media, 4 a 5 vezes mais lucrativa que a bovinocultura de corte. Eis alguns parâmetros que servem para ilustrar esta opinião:
  • A quantidade diária necessária para alimentar um bovino de 450 kg é suficiente para alimentar 8 - 10 ovinos adultos.
  • Se cada UA ( Unidade animal, de 450 kg de peso vivo) equivale a 8 - 10 ovelhas, quando morrer uma vaca, equivale à morte de 100 por cento do capital. Se morrer uma ovelha, perdeu apenas 10 por cento do rebanho.
  • Um bovino com quatro anos pesa em torno de 400 kg, enquanto na mesma área e no mesmo período são produzidos 96 ovinos, que pesam 3.840 kg (96 cabeças x 40 kg).
  • Em 15 meses tem-se a produção de 1 bezerro que será vendido aos 30 / 36 meses, com o peso médio de 12 a 15 arrobas, isto é, 360 a 450 kg de peso vivo. Neste mesmo período, as ovelhas terão tido 4 a 5 partos com uma produção media de 40 a 50 borregos, que aos seis meses terão o peso vivo de 1200 a 1500 kg.
Veja a seguir, uma breve comparação os rendimentos das duas criações:
Bovinos para CarneAnimais /ha/ ano – 1
Idade ao primeiro parto – 36 meses
Intervalo entre partos – 15 meses
Idade para abate – 2,5 a 3 anos
Peso vivo produzido no período de 51meses – 360 a 450 kg
Ovinos DeslanadosAnimais /ha/ ano – 10
Idade ao primeiro parto – 13 a 15 meses
Intervalo entre partos – 8 a 9 meses
Idade para abate – 6 meses
Peso vivo produzido no período de 51meses – 1.200 a 1.500 kg 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

inseticida natural

Pesquisadores trabalham em veneno para mosca-das-frutas não tóxico ao homem

Márcia Neri      correio brasiliense
Publicação: 24/11/2010 08:00 Atualização:
         Uma praga que ronda a fruticultura do Brasil e de diversas partes do mundo poderá, em breve, ser debelada por um inseticida oferecido pela própria natureza. Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, trabalham no desenvolvimento de uma cápsula de extrato de nim para combater as moscas-das-frutas, insetos que comprometem seriamente a polpa e a aparência de diversas espécies frutíferas. Substâncias dessa planta indiana, perfeitamente adaptada às terras brasileiras desde os anos de 1980, já são usadas no extermínio de lagartas, pulgões, cigarrinhas e larvas de besouros. No entanto, o trabalho científico em relação ao combate das moscas-das-frutas Anastrepha fraterculus e Ceratitis capitata — tipos mais presentes nas lavouras do país — é inédito. O trabalho vem sendo desenvolvido desde 1993 na USP.

         O Brasil tem um mercado interno considerável e está entre os três maiores produtores mundiais de frutas. A exportação frutífera vem crescendo consideravelmente ao longo dos anos e nossas uvas de mesa, melões, mangas, goiabas, laranjas e bananas têm como destino os Estados Unidos, o Japão e os países da União Europeia. Nessas nações, os consumidores são exigentes. Tanto em relação ao uso de agrotóxicos quanto à qualidade do alimento.

         O estudo da USP vem sendo conduzido pelo engenheiro agrônomo Márcio Alves da Silva. Segundo o pesquisador, a produção brasileira de frutas é concentrada em polos regionais de desenvolvimento que contam com agricultores de pequeno, médio e grande porte. A tecnologia utilizada nas lavouras é variável, e os objetivos dos produtores também são diferentes. Os pequenos nem sempre podem prezar pelo controle de pragas em seus pomares, o que facilita a disseminação das moscas-das-frutas para as grandes fazendas que exportam os produtos. O monitoramento, quando feito, na maioria das vezes é realizado com inseticidas químicos, pesticidas maléficos à saúde do consumidor e à própria natureza.

         A ação das moscas A. fraterculus e C. capitata é destruidora. Sem os defensivos, o inseto adulto pousa na fruta e coloca os ovos. A larva eclode e se alimenta da polpa. A partir daí, o estrago está feito. Uma vez infestada, a fruta apodrece. A nim é um coringa para a agricultura e a veterinária. Cientistas que trabalham em prol de melhorias no campo a consideram uma vedete rural. “Suas propriedades inseticidas são extremamente eficazes para o controle de pragas, de fácil extração e totalmente biodegradáveis. O que chama mais atenção, porém, é que essas substâncias não fazem mal algum ao ser humano, fato que motivou nossa pesquisa”, admite o engenheiro. A planta indiana dispõe de um leque variado de compostos bioativos, como a azadiractina, o meliantrol e a salanina. A ação específica de cada um deles produz diferentes efeitos sobre os insetos. Repelência, esterilidade, desorientação na hora de colocar os ovos e efeito regulador do crescimento são exemplos que devem ser destacados.

          A azadiractina é a substância encontrada em maior quantidade nos frutos da planta. Muito semelhante ao hormônio da ecdise — processo que possibilita a troca do esqueleto externo do inseto —, ela impede o desenvolvimento e causa a morte das pragas. Não é interessante, porém, que a azadiractina ou qualquer outra substância da nim seja aplicada isoladamente. Com o tempo, as moscas acabam se adaptando aos defensivos elaborados com apenas um princípio ativo. “A multiplicidade de propriedades reduz o risco de os insetos adquirirem resistência ao defensivo. Quando aplicamos o composto da nim — no nosso caso, utilizamos o óleo da semente — lançamos mão de todos os elementos inseticidas e evitamos a indesejável adaptação das pragas ao produto”, detalha o professor do Departamento de Entomologia e Acarologia e orientador do trabalho em curso na Esalq, José Djair Vendramin.

          Moscas atingidas pelo extrato, ao se reproduzirem, geram insetos com o corpo defeituoso, de menor tamanho, com baixa capacidade de alimentação e de reprodução, diminuindo assim o avanço da praga. A abordagem adotada por Márcio Alves da Silva e seu orientador permitiu a verificação da interferência do produto no crescimento do inseto imaturo, na esterelização dos adultos e na postura dos ovos. Os pesquisadores ressaltam ainda que a planta não precisa ser destruída para a obtenção de extratos da semente, fruto, folha e casca. A concentração de bioativos é solúvel em água, o que para os engenheiros é mais um fator positivo. A equipe da Esalq trabalhou em quatro estratégias de combate. Duas delas se mostraram eficazes e receberam atenção especial dos pesquisadores.

Testes
          O óleo utilizado no estudo foi extraído por meio da prensagem da semente. “Alcançamos resultados promissores de controle aplicando o extrato na fase pupal do inseto (período em que a praga vive no solo, próximo ao tronco da árvore) e na pulverização da fruta. Borrifadas com o óleo, as frutas repeliram as moscas adultas. Ficamos animados com o que vimos. O próximo passo será formular um produto para ser testado em campo. Até agora, testamos em laboratório apenas”, adianta Silva.

          A preocupação em elaborar uma fórmula especial se explica. O extrato de nim é eficaz, mas é também altamente biodegradável, o que reduz a vida útil do inseticida natural no campo. Estudos com a planta não foram adiante justamente por esse motivo. “Estamos trabalhando com químicos da USP para aproveitar todas as propriedades da planta, usando a nanotecnologia. A ideia é encapsular o óleo em pequenas esferas para serem pulverizadas nos frutos. Com essa estratégia, o produto será liberado lentamente e terá a vida útil longa, controlando a praga por mais tempo”, acrescenta. Em campo, as cápsulas de nim serão testadas na região de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), grandes produtoras e exportadoras de manga, uva, goiaba e acerola.


Vantuir.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Meu irmão é meio maluco ou um cientista sem noção, está tentando, há algum tempo fazer uma nova espécie de ave, com o cruzamento da galinha d'angola e o galo caipira. Só que, desta vez ele pode ter tido sucesso, pois eu mesmo, vi várias vezes o galo cruzar com as galinhas d'angola que ele separou junto com o galo...será que dará certo?
Procurando na rede sobre o assunto encontrei essa matéria.



USP Online - Cruzamento de frango caipira com a galinha d?angola, o que dá? Resposta: frangola. Pesquisa coordenada pelos professores Antonio Augusto Domingos Coelho e Vicente José Maria Savino, da Escola Superior de Agricultura ?Luiz de Queiroz? (Esalq) da USP, tem como objetivo desenvolver um novo animal, destinado à criação, com as qualidades dessas duas espécies. A pesquisa faz parte do Projeto Frango Feliz, iniciado há dois anos, no qual se faz o melhoramento genético do frango caipira. ?Queremos animais que possam ser criados sem muita tecnologia?, afirma o professor Vicente.
 
O frango caipira tem como qualidade o rápido crescimento, a maior massa de carne e a alta fertilidade. Já a galinha d?angola é mais resistente a doenças, à falta de abrigo, ao frio e ao calor, o que possibilita sua criação em ambientes mais simples, como pequenas propriedades. Além disso, a galinha d?angola é mais ativa e esperta do que o frango caipira. ?Ela se movimenta mais pelo pasto, o que fortalece a sua musculatura e consequentemente melhora a qualidade da carne?, explica o professor Vicente. A soma dessas características em uma única espécie possibilitaria a um pequeno agricultor melhores condições para a criação em ambiente sem grande infra-estrutura, com baixos custos, mas com qualidade.

A pesquisa iniciou-se em 2002 com o cruzamento entre as duas espécies através de inseminação artificial, mas há registros de cruzamentos espontâneos. A fertilização foi feita tanto entre machos de frango caipira com fêmeas d?angola quanto o contrário. O primeiro ciclo de cruzamentos obteve uma fertilidade (ovos fecundados) de 10%; desses apenas 3,5% resultaram em pintinhos. Já no segundo ciclo, a fertilidade subiu para 80%, dos quais 2,7% resultaram em filhotes. ?A natalidade está baixa, um frango normal tem em média 85% de nascimentos em relação aos ovos fecundados?, afirma o professor Savino. Os pesquisadores estão iniciando o terceiro ciclo e ainda pretendem fazer mais.

Antes de iniciar os testes com o frangola e analisar os resultados para comprovar a qualidade do animal, os pesquisadores querem obter um indivíduo com a capacidade de reprodução preservada, o que ainda não ocorreu: por enquanto, as aves híbridas produzidas são estéreis. Os pesquisadores já contam com 67 frangolas e, segundo Vicente Savino, pretendem chegar a 200 indivíduos para verificar se há a possibilidade de se obter um indivíduo fértil ou se há incompatibilidade genética. ?Acredito que em um ou dois anos já comprovaremos isso. Se não encontrarmos nenhum, desistimos?.

O professor explica que se não houver frangolas férteis para dar sequência à nova espécie, o projeto não cumpre seu objetivo de criar uma ave econômica, pois os custos para produzir animais por inseminação artificial são altos. Apesar de existirem casos de cruzamentos espontâneos, essa prática também aumentaria o custo da criação, pois necessitaria de local apropriado. ?Se juntarmos um galo caipira somente com fêmeas d?angola, e vice-versa, certamente haverá cruzamentos?, afirma o professor.

Frango Feliz

O projeto Frango Feliz tem como objetivo o melhoramento genético do frango caipira através de cruzamento entre indivíduos com boas características. ?Selecionamos as aves com maior qualidade para o corte e com boa reprodução, para cruzá-las e obter bons filhotes?, explica o professor Vicente. Os pesquisadores possuem quatro linhagens: caipirinha e carijó de barba ? boas tanto para o corte como para a produção de ovos ?, e caipirão e 7P, boas para o corte.