segunda-feira, 17 de julho de 2017

PITAYA ROSA COM POLPA VERMELHA

A planta que produz a pitaya é uma cactácea originária da América Tropical e Subtropical. 
                  A pitaya vermelha (Hylocereus undatus) é uma excelente alternativa para a diversificação da propriedade rural e aumento de renda do produtor. Apesar do custo elevado na implantação do pomar, o retorno ao produtor pode ser muito bom, pois a pitaya atinge preços elevados no mercado, porém seu mercado ainda é pequeno. A luz em excesso é prejudicial ao desenvolvimento das plantas, como conduzi-las? Apesar de ser uma cactácea, a pitaya não tolera alta intensidade luminosa. Quando cultivada sob luminosidade excessiva os ramos amarelam e o crescimento é prejudicado, podendo levar à morte da planta. O contrário também é prejudicial: em excesso de sombra as plantas ficam estioladas e a produção de flores é muito reduzida. Assim, recomenda-se que as plantas sejam cultivadas de forma a imitar o habitat de origem, e isto pode ser obtido utilizando-se telas de sombreamento, entre 30 a 60 % de sombra, dependendo do local de cultivo. O sombreamento também pode ser obtido utilizando-se como tutores algumas espécies arbóreas, que fornecerão o sombreamento necessário no período de maior intensidade luminosa. Porém deve-se atentar à necessidade de poda destes tutores, para que o sombreamento não seja excessivo. É extremamente importante, quando da instalação do pomar, que o produtor tenha informação quanto à auto-incompatibilidade do clone que está plantando, que pode ser total ou parcial – no caso da parcial, há frutificação, porém de frutos sem valor comercial (os frutos são muito pequenos e com grande quantidade de casca). Quando uma planta é auto-incompatível é necessário, para que ocorra frutificação, a presença de pólen externo, ou seja, de outra espécie ou clone. O ideal para se reduzir a baixa frutificação e a ocorrência de frutos pequenos, sem valor comercial, seria o plantio de diversos genótipos e a realização da polinização cruzada, manualmente. Quais são os agentes polinizadores? Em muitos países onde a cultura da pitaya foi introduzida, é relatado que a polinização é pobre, devido à falta de polinizadores naturais, encontrados em seu ambiente nativo. A pitaya apresenta florescimento noturno, de modo que morcegos, mariposas e abelhas são polinizadores naturais das pitayas. No Brasil, tem sido que apenas as abelhas atuam como polinizadores e devido ao seu tamanho são muito menos eficientes que os morcegos, além de atuarem num período menor de abertura das flores, uma vez que o fechamento destas ocorre logo pela manhã. Assim, a polinização manual torna-se uma prática necessária para a obtenção de frutos comerciais. Como fazer a polinização manual? A polinização manual pode ser realizada facilmente removendo-se as anteras de uma flor e tocando com ela o estigma de outra flor, ou então se coletando o pólen e utilizando-se um pincel para polinizar múltiplas flores. A polinização pode ser realizada no fim da tarde ou no início da manhã. Recomenda-se cobrir as flores que serão polinizadas (com saquinhos de TNT, papel ou plástico) para que em caso de chuva não ocorra lavagem do pólen. Como fazer a polinização manual? A polinização manual pode ser realizada facilmente removendo-se as anteras de uma flor e tocando com ela o estigma de outra flor, ou então se coletando o pólen e utilizando-se um pincel para polinizar múltiplas flores. A polinização pode ser realizada no fim da tarde ou no início da manhã. Recomenda-se cobrir as flores que serão polinizadas (com saquinhos de TNT, papel ou plástico) para que em caso de chuva não ocorra lavagem do pólen. No Brasil, o cultivo da pitaya teve início na década de 90 É uma planta perene, trepadeira, com caule classificado morfologicamente como cladódio, de onde se originam várias raízes adventícias que ajudam na absorção de nutrientes e fixação da planta em um tutor. O fruto tem sabor adocicado e suave, aparência exótica, propriedades organolépticas, sendo rico em vitaminas, com polpa firme e rico em fibras, com excelentes qualidades digestivas e de baixo teor calórico, além de muitas sementes com ação laxante. A pitaya é uma fruta não climatérica, quais os cuidados na colheita? Frutos não climatéricos são aqueles que, depois de colhidos, não continuam o seu amadurecimento. Desta forma, devem ser colhidos totalmente desenvolvidos, quando apresentam o máximo de acúmulo de açúcares, ou seja, seu sabor está totalmente acentuado. O ponto de colheita da pitaya é determinado pela coloração da casca, que é característica do cultivar. 
            Segundo o conhecimento popular apresenta propriedades medicinais como melhora de gastrites, prevenção contra o câncer de cólon e diabetes, neutralização de substâncias tóxicas como metais pesados, redução dos níveis de colesterol e pressão alta, além dos cladódios e as flores serem utilizados contra problemas renais. Existem diversos tipos de pitaya, sendo agrupados em quatro gêneros: Stenocereus, Cereus, Selenicereus e Hylocereus. As principais espécies comerciais são a pitaya vermelha com polpa branca (Hylocereus undatus), pitaya vermelha com polpa vermelha (Hylocereus costaricensis), pitaya amarela (Selenicereus megalanthus) que apresenta casca amarela e polpa branca e, a pitaya-do-cerrado ou saborosa (Selenicereus setaceus) que pode ser encontrada vegetando naturalmente em regiões do Brasil.   A pitaya é uma frutífera perene e possui expectativa de produção por aproximadamente 15 anos, por isso no planejamento devem ser levados em consideração diversos fatores para garantir o sucesso da implantação e condução do pomar. É necessário obter informações sobre a comercialização de frutas na região, definir o número de plantas de acordo com o tamanho da área e o espaçamento que será utilizado, evitar solos rasos sujeitos a encharcamento e regiões que ocorram geada e outros fatores que serão tratados no decorrer deste texto.   Ao preparar o solo, deve-se tomar cuidado para não se arrastar a camada fértil. São recomendadas duas arações profundas, seguidas de duas gradagens. Nesta ocasião, e, de acordo com os resultados da análise de solo, devem ser feitas as aplicações parceladas de calcário (50 % antes da aração e a outra metade na gradagem) e adubação fosfatada em área total.   A pitaya apresenta bom desenvolvimento em temperaturas médias entre 18 a 26ºC. A floração é estimulada por altas temperaturas, sendo que a maturação completa do fruto ocorre de 30 a 40 dias após a abertura da flor. Necessita de pluviosidade variando entre 1200 a 1500 mm ao ano, porém, por ser uma planta com boa rusticidade, também se adapta em climas mais secos.   O método mais utilizado de propagação da pitaya é através de estacas (cladódios). Normalmente utiliza-se cladódios de aproximadamente 25 cm, colocados em sacos de polipropileno preto (15 cm de diâmetro x 20 cm de altura) completos com substrato que apresente boa drenagem e umidade durante o período de enraizamento e desenvolvimento da muda. O substrato comumente utilizado para a formação das mudas é terra, areia peneirada e esterco bovino na proporção 3:3:1, e os sacos devem ser mantidos sob 50% de luminosidade e diariamente irrigados. A utilização de estavas mais jovens apresenta 35% mais raízes que estacas mais velhas.   Marcação e preparação das covas   Deve-se definir o espaçamento, sendo recomendado os espaçamentos 3 m x 3 m ou 2 m x 3 m, e, após esta definição deve ser feita a demarcação das covas, que pode ser realizada com um alinhamento paralelo aos carreadores em terrenos planos e quando o terreno apresenta declive uniforme (Figura 1), podem-se utilizar linhas retas paralelas às linhas de nível (Figura 2). As covas podem ser feitas com sulcador, brocas mecânicas ou manualmente com dimensão mínima de 60 x 60 x 60 cm. Para assegurar um bom desenvolvimento da planta recomenda-se a utilização de 20 L de matéria orgânica (esterco de curral), 500 g de calcário dolomítico e adubação química com 300 g de superfosfato simples e 50 g de um composto de micronutrientes em cada uma das covas. 
         Plantio e tutoramento da muda
         No tutoramento, podem ser utilizados mourões de madeira tratada, postes de concreto e até caules de frutíferas, com aproximadamente 1,80 m de altura com uma trave no topo, para dar sustentação às brotações produtivas.  
                O tutoramento da planta é feito através do amarrio com barbante ou fitilho ao mourão, conforme o crescimento da planta. Nesta fase de crescimento vertical ocorrerá o aparecimento de brotações laterais, que devem ser retiradas com o auxílio de uma tesoura de poda. Quando a planta alcançar a trave de sustentação que pode ser uma cruzeta de madeira ou mesmo pneu, deverão ser deixados todos os brotos acima desta, que penderão sobre a mesma, sendo responsáveis pela produção dos frutos da pitaya. É importante lembrar por absorver muita radiação solar, o pneu só é recomendado para plantios não comerciais, de fundo de quintal. Todas as brotações laterais abaixo da trave também devem ser retiradas, para que não haja competição com os ramos produtivos.                                    Colheita e pós-colheita   O pico de produção destas frutas ocorre entre os meses de dezembro a maio. O ponto de colheita da pitaya vermelha é determinado quando o fruto atingir a coloração de rosa a vermelho intenso da casca, polpa branca, e com textura ainda firme. Este período pode ter variações dependendo da variedade da pitaya cultivada.   É importante que a colheita da pitaya seja realizada na época correta, pois caso contrário, ela não completará seu amadurecimento após a separação da planta. O fruto colhido pode resistir, sem que haja perda da qualidade, durante 6 a 8 dias em armazenamento em temperatura ambiente, devendo-se tomar cuidados no manuseio do fruto, no momento da colheita e transporte, para evitar danos físicos, como abrasões, cortes ou esmagamento, fatores que podem diminuir a qualidade após a colheita. O armazenamento do fruto em temperaturas de 8°C pode aumentar o tempo de prateleira do fruto. Com a busca por métodos de emagrecimento crescendo cada vez mais no Brasil e no mundo todo, é natural que surjam muitas receitas, métodos e alimentos que prometam reduzir peso de modo rápido e eficiente. Há uma série de frutas aparecendo com essa premissa de ajudar na redução de peso, mostrando que é cada vez mais comum a sociedade moderna civilizada recorrer aos conhecimentos ancestrais presentes nas comunidades nativas. E a pitaya, uma fruta pitoresca originária de algumas regiões da América do Sul, mas que também já é cultivada em outros países do mundo, é considerada por muitos a fruta emagrecedora do momento. Essa fruta é muito conhecida no nordeste brasileiro, especialmente no Estado de Pernambuco, onde é muito consumida há muitos anos. Mas nem sempre por causa de suas capacidades emagrecedoras.empregos baixada

fonte: http://www.pomargalvao.com.br/index.php/como-cuidar/87-pitaya-branca-ou-rosa

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sexta-feira, 17 de março de 2017

MANGABA - FRUTO DA VIDA


Mangaba
Mangaba
Mangaba
mangabeira, (Hancornia speciosa Gomes), frutífera da família das apocináceas, é planta arbórea de porte médio, que atinge de 5 a 10 metros de altura. Nativa do Brasil, é encontrada vegetando espontaneamente em várias regiões do país, desde os Tabuleiros Costeiros e Baixadas Litorâneas do Nordeste, onde é mais abundante, até as áreas sob Cerrado da Região Centro-Oeste; verifica-se ainda sua ocorrência nas Regiões Norte e Sudeste.
No Nordeste, a mangabeira faz parte da vegetação de Cerrado ou de Tabuleiro; é encontrada desde a faixa litorânea até o Agreste, vegetando em solos profundos, pobres e arenosos.
No litoral, a especulação imobiliária e a implantação de monoculturas, a exemplo dos coqueirais e canaviais, e pastagens são as principais causas da redução da vegetação nativa e conseqüentemente do número de mangabeiras. Apesar disso, em algumas regiões esta frutífera é preservada após a erradicação da vegetação original, sendo encontrada em áreas de capoeira, pastagens e entre a vegetação cultivada.
Embora também seja produtora de látex, o fruto, denominado “mangaba” é o seu principal produto; este nome tem origem na língua tupi-guarani e significa “coisa boa de comer”. A mangaba apresenta ótimo aroma e sabor, sendo utilizada na produção de doces, xarope, compotas, vinho, vinagre e principalmente suco e sorvete. Sua utilização agroindustrial está sendo rapidamente difundida devido à grande aceitação, principalmente do suco e do sorvete. Acrescente-se ainda o fato de que este fruto apresenta um alto rendimento de polpa, em torno de 94%.
Apesar do potencial apresentado, o extrativismo ainda é a sua principal forma de exploração; durante parte do ano, inúmeras famílias têm na colheita e comercialização da mangaba uma importante ocupação e fonte de renda. De acordo com dados oficiais, com exceção de Minas Gerais e Mato Grosso, só há registro de colheita deste fruto na região Nordeste, sendo Sergipe, Minas Gerais e Bahia os maiores produtores.

Clima

A mangabeira é planta de clima tropical, vegetando bem em áreas que apresentam alta insolação, temperatura média em torno de 25ºC e pluviosidade de 750mm a até mais de 1.500mm anuais. É tolerante a períodos de déficit hídrico e, nas épocas de temperaturas mais elevadas e de menor umidade relativa do ar, apresenta melhor desenvolvimento vegetativo. É encontrada em altitudes que vão desde o nível do mar a até mais de 1.500 metros.

Solos

É encontrada vegetando predominantemente em solos pobres em matéria orgânica, ácidos e com baixos teores de nutrientes, geralmente naqueles classificados como Neossolos Quartzarênicos (Areias Quartzozas) e Latossolo Vermelho Amarelo. Explorada de forma extrativista, a produtividade alcançada é geralmente baixa, em torno de 2 a 4 toneladas por hectare, principalmente devido à baixa fertilidade do solo e manejo inadequado. Verifica-se, no entanto, que embora tolere bem condições de baixa fertilidade, esta cultura responde positivamente à aplicação de fertilizantes, sendo o potássio o nutriente que mais contribui para aumentar a produção de frutos. É recomendável, portanto, o cultivo dessa espécie em solos de boa fertilidade ou com adubação complementar.
Quanto às características de solo adequadas ao seu cultivo, verifica-se que os requisitos imprescindíveis para o seu bom desenvolvimento, estão relacionados aos atributos físicos, como: elevada profundidade, ausência de impedimento (horizontes coesos), boa drenagem, suficiente para impedir qualquer possibilidade de encharcamento, e altas taxas de aeração. Desta forma, no caso de utilização de áreas de Tabuleiro para plantio dessa espécie, deve-se optar pelos solos, sem horizontes coesos. Com esses cuidados, será possível a exploração econômica da mangabeira nos Tabuleiros Costeiros para a qual contribuirá ainda outros fatores favoráveis do ecossistema como topografia, características climáticas e proximidade de grandes mercados consumidores.
Conclui-se, portanto, que a baixa fertilidade dos solos cultivados com mangabeira, permite apenas a sobrevivência dessa espécie, e que sua exploração econômica, está condicionada à existência de solos bem drenados, arenosos ou não, porém ricos em nutrientes disponíveis.
Só dessa forma, será possível a esta espécie expressar todo o seu potencial produtivo.

Propagação

A mangabeira tem sido propagada por sementes, podendo ocorrer variações de porte e rendimento entre plantas. Apesar de a enxertia antecipar o início da frutificação e proporcionar a formação de plantios mais uniformes, existem poucas informações técnicas sobre este método de propagação.
As sementes devem ser obtidas de plantas matrizes produtivas e isentas de pragas e doenças e retiradas de frutos com bom aspecto e sabor que completem naturalmente a maturação ou de frutos colhidos de vez, ou seja, próximo da maturação. Um quilo de frutos apresenta, em média, 456 sementes e um quilo de sementes, em média, 7.692 unidades.
Para produzir 1.000 mudas, serão necessários 390g de sementes ou 6,6kg de frutos.
Após a extração, as sementes deverão ser lavadas imediatamente para a completa retirada da polpa e deverão ser espalhadas sobre folhas de jornal à sombra por 12 a 24 horas. As sementes de mangaba são recalcitrantes, isto é, perdem rapidamente o poder germinativo assim que são retiradas dos frutos. Desta forma para se obter aproximadamente 90% de germinação a semeadura deverá ser realizada até quatro dias após o processo de extração das sementes dos frutos.
A produção das mudas deverá ser iniciada pelo menos 4 a 6 meses antes do plantio definitivo no campo. Deverão ser utilizados sacos de plástico preto com as dimensões aproximadas de 12cm x 18cm, furados no terço inferior para facilitar o escoamento de água excedente da irrigação. O substrato deve ser areno-argiloso, retirado de camadas do solo a partir de 20cm de profundidade. Recomenda-se evitar o uso de esterco como componente do substrato, uma vez que este favorece a incidência de doenças fúngicas promovendo um mau desenvolvimento e grande mortalidade de plantas.
Deverão ser colocadas três a quatro sementes por saco, enterrando-as a 1cm de profundidade. Os sacos deverão ser colocados em canteiros com aproximadamente 1,2m de largura, com cobertura de palha ou sombrite, a 2m de altura. A emergência das plantas inicia-se 21 dias após a semeadura, estendendo-se por mais 30 dias.
Quando as plantas apresentarem cerca de 7cm de altura, aproximadamente aos 60 dias após a semeadura, realiza-se o desbaste, deixando-se uma muda vigorosa por saco. A cobertura do viveiro deverá ser retirada gradativamente, após o desbaste, até as mudas ficarem completamente expostas ao sol, para a adaptação das mesmas às condições de campo.
Durante a permanência das mudas no viveiro, deve-se verificar, diariamente, a umidade do substrato, de modo a evitar a falta ou o excesso de água e realizar periodicamente a retirada de plantas invasoras. As ruas do viveiro deverão ser mantidas limpas, evitando a reinfestação dos substratos pelas invasoras e o conseqüente aumento de custos na produção das mudas.
As mudas crescem de forma irregular, atingindo 20 a 30cm entre 120 e 180 dias após o plantio, quando então poderão ser levadas ao campo.

Plantio

A mangabeira poderá ser plantada no sistema solteiro, em consórcio com culturas perenes e de ciclo curto ou mesmo utilizada no enriquecimento da vegetação nativa, da qual faz parte.

Solteiro

Nesse sistama de plantio, recomenda-se que se utilize os espaçamentos 7 x 6m ou 7 x 7m, o que corresponde a populações de 238 e 204 plantas por hectare, respectivamente. Esses espaçamentos parecem adequados ao porte da mangabeira que, sendo de pé franco (não enxertada), chega a atingir 5 a 10 metros de altura e um diâmetro de copa em torno de sete metros.

Consorciado

Embora não existam dados de pesquisa, verifica-se na prática que até o terceiro ano após o plantio é possível o cultivo de plantas de ciclo curto e porte baixo entre as linhas de plantas. É importante que as culturas intercalares situem-se no mínimo a um metro e meio de distância da projeção da copa da mangabeira.
Dessa maneira, à medida que a mangabeira for crescendo, a faixa de cultivo das culturas intercalares diminuirá. Poderão ser utilizadas culturas como a melancia, abóbora, feijão, leguminosas para adubação verde e outras, desde que sejam tomadas as precauções para evitar a competição por luz, água e nutrientes.
Outra forma de consórcio é com o coqueiro, no qual se plantam as mangabeiras na mesma linha de cultivo dos coqueiros, observando o espaçamento de 10m x 10m em quadrado, para o coqueiro gigante, e 9m x 9m em quadrado, para o coqueiro anão.
É importante que tanto as mangabeiras quanto as culturas consorciadas recebam os tratos de acordo com as suas necessidades, para que não ocorram prejuízos mútuos.

Em meio à vegetação nativa

A mangabeira poderá ser utilizada na recuperação de áreas degradadas ou até mesmo para o enriquecimento da vegetação nativa da qual a mesma faz parte, permitindo o manejo sustentável desta vegetação. Nesta modalidade de plantio, poderá ser feita a limpa em faixas com largura em torno de 1,5m, distanciadas 10m entre si; as mangabeiras deverão ser plantadas nessas faixas. Outra forma seria o plantio de mangabeiras de forma aleatória, em locais onde existam falhas de vegetação; em ambos os casos, estas deverão ser posicionadas de maneira tal que recebam insolação durante a maior parte do dia. As faixas de plantio deverão preferencialmente ser abertas no sentido leste-oeste. As áreas em torno das plantas deverão ser mantidas livres de plantas daninhas, por meio de limpas em faixas ou coroamento.

Implantação do mangabeiral

Em primeiro lugar, realiza-se o preparo do solo através da aração e gradagem. Em seguida executa-se a marcação e a abertura das covas de plantio, que deverão ter as dimensões de 30 x 30 x 30cm. Se o terreno for muito arenoso (neossolo quartzarênico), recomenda-se que pelo menos 1/5 da terra de enchimento da cova seja constituída de terra preta ou outro material com bom teor de argila; isso ajuda a planta a atingir melhor desenvolvimento inicial, principalmente por proporcionar ao substrato uma maior retenção de água. Nesse caso, a terra preta ou argila deverá ser bem misturada ao restante do solo que encherá a cova. Após o preparo do substrato, a cova, deverá ser fechada, tendo o seu local demarcado por meio de piquete.
Deve-se evitar utilizar esterco bovino na cova de plantio; em testes realizados, verificou-se que em sua presença as plantas apresentaram menor altura, menor diâmetro de caule, menor produção de matéria seca e maior mortandade de plantas, tendo esta variado de 45% a 66%.
O plantio no local definitivo deverá ser realizado quando as mudas tiverem entre 20cm e 30cm de altura, ou seja, com no mínimo 10 pares de folhas. Deverá ser feito em dia nublado, ou no fim da tarde, estando o solo ou pelo menos a terra da cova com um bom teor de umidade, para facilitar o pegamento das mudas. No momento do plantio, as covas deverão ser reabertas o suficiente para a colocação das mudas. Retira-se o saco plástico para permitir o desenvolvimento normal das raízes, tendo-se o cuidado de não danificar o torrão. A profundidade de plantio deverá ser ajustada, de forma que a superfície superior do torrão fique 5cm acima do nível normal do solo em solos areno-argilosos e ao nível do solo, em solos arenosos. Em seguida a muda é firmada, chegando terra ao torrão, compactando-a suavemente.
O plantio pode ser realizado em diferentes épocas do ano, a depender de alguns aspectos que deverão ser previamente analisados. Plantando no início das chuvas, o produtor deverá estar inicialmente preparado para a ocorrência de veranico período sem chuvas -, que pode durar de 15 dias a 30 dias; nesse período, possivelmente será necessário molhar as plantas de 2 a 4 vezes, para permitir a sobrevivência e o pegamento. Após esse período, as chuvas retomam o seu ritmo normal, devendo então o produtor ficar atento para o possível surgimento de doenças fúngicas, que deverão ser combatidas, sob o risco de perda do sistema foliar e morte das plantas. As plantas que chegarem no final do inverno em boas condições, tendo atingido em torno de 50 cm a 60cm de altura, estarão aptas a suportar o período seco.
Tem-se verificado sucesso em plantios realizados no período seco, durante as chuvas de verão ou mesmo nos últimos meses do período chuvoso. Nesses casos, eventualmente será necessária a utilização de irrigação, ou pelo menos de molhação com quantidade mínima de água, geralmente 3 litros a 4 litros, de 5 dias em 5 dias, se não houver chuvas no período.
Plantando-se nos períodos de menor pluviosidade, evita-se o desfolhamento e morte de plantas ocasionados principalmente por doenças foliares, além de o desenvolvimento das plantas ser maior em condições de menor umidade relativa do ar e maior temperatura.

Tratos culturais

Tutoramento
O primeiro procedimento a ser adotado após o plantio da muda é introduzir, junto ao torrão, um piquete com 50 a 80cm de altura, no sentido vertical. Quando a planta atingir de 35 a 40cm deverá ser amarrada ao piquete, para que o seu desenvolvimento se torne ereto, permitindo melhor formação da copa. O piquete poderá ser o mesmo utilizado na marcação da área para a abertura das covas.
Controle de plantas invasoras
É importante manter as mangabeiras livres da competição com plantas invasoras, para permitir um melhor desenvolvimento. O método de controle a ser adotado dependerá do sistema de cultivo. Em plantios solteiros é recomendável realizar a limpa ao redor das plantas ou em faixas e manter o controle do mato na área entre as linhas de plantio por meio de gradagens, roçagens ou capina manual. Na área entre as linhas também poderá ser utilizado herbicida, tomando-se cuidado para que a solução não atinja as partes verdes da mangabeira. Para plantios consorciados as capinas deverão ser manuais e ou à tração animal.
Podas
A mangabeira tem o hábito de emitir grande número de brotações, a partir das partes mais baixas do caule, sendo necessário realizar uma poda de formação a partir dos 8 a 12 meses de idade (altura de 0,8 a 1,0m), dependendo do grau de desenvolvimento da planta, eliminando-se os ramos laterais mais rasteiros até uma altura de 0,4m a 0,5m. Em seguida, quando a planta atingir em torno de 1,5m de altura, o broto apical do ramo principal deverá ser cortado, visando reduzir o crescimento vertical da planta e estimular a emissão de brotações laterais. Após a poda, selecionam-se três ramos bem distribuídos, que serão responsáveis pela formação da copa e que originarão os ramos secundários.
Depois da frutificação e antes do período chuvoso, é importante fazer uma poda de limpeza, eliminando e queimando ramos rasteiros, secos, quebrados, praguejados e doentes.
Cobertura morta
A utilização da cobertura morta, principalmente durante o primeiro período seco após o plantio, é prática de grande efeito no pegamento e sobrevivência de plantas jovens. É feita com a utilização de material vegetal seco como casca de coco, galhos, palhas e folhas, desde que não contenham sementes de invasoras.
Essa prática reduz a temperatura do solo em torno da planta, que chega a ser extremamente alta, principalmente nas areias quartzozas e preserva a umidade do solo em volta das plantas por maior período de tempo. A cobertura deverá ser retirada no início das chuvas para evitar o efeito inverso, ou seja, proporcionar o excessivo acúmulo de umidade próximo às plantas, o que pode causar doenças foliares e radiculares.
Nutrição e adubação
Sendo planta típica de solos extremamente pobres, a mangabeira é, aparentemente, pouco exigente em nutrientes, porém, sob condições de campo, verifica-se que o melhor desenvolvimento e produtividade estão na dependência da maior oferta de nutrientes, uma vez que mangabeiras plantadas em solos com maior grau de fertilidade apresentam crescimento mais rápido e precocidade na produção.
Os macronutrientes encontrados em maior proporção na mangabeira são o nitrogênio e o potássio, sendo estes os mais exportados pelos frutos, por ocasião da colheita; entre os micronutrientes, o ferro, é o mais abundante.
Adubações químicas com formulações à base de macro e micronutrientes têm resultado em melhoria do desenvolvimento de plantas jovens. Esses adubos poderão ser aplicados diluídos em água, via foliar, ou por rega ao redor das plantas; podem ainda ser aplicados via solo, em cobertura, devendo-se observar a recomendação quanto às dosagens para frutíferas.
Com relação à adubação orgânica, observações em condições de campo, têm demonstrado que a utilização de esterco bovino dentro da cova de plantio tem resultado em alta mortandade e prejuízos ao desenvolvimento de plantas jovens, porém tem havido resposta positiva para adubações em cobertura, na proporção de 2 litros e 30 litros por planta ao ano, para plantas recém plantadas e em fase de produção, respectivamente.
Com relação à calagem, verificou-se que, em solo do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo, com pH 5,5, a utilização de calcário na quantidade de 1,2 a 4 toneladas/ha reduziu a absorção de boro e inibiu o crescimento de mangabeiras. Sendo assim, conclui-se que, nas condições citadas, deve-se evitar a utilização da calagem na cultura da mangabeira.

Pragas

Em virtude da mangabeira ainda encontrar-se em processo de domesticação e da quase inexistência de grandes cultivos comerciais, poucas pragas têm sido registradas causando prejuízo à cultura. Os pulgões são considerados as mais significativas e, além desses, algumas pragas secundárias também têm ocorrido com certa freqüência sem, no entanto, promover grandes perdas.
Pulgão-verde
Dentre as espécies de pulgões, o pulgão-verde (Aphis gossypii) tem sido a praga mais freqüentemente associada à mangabeira. Ocorre em diversos Estados brasileiros e ataca várias culturas. O inseto, com aproximadamente 1mm e coloração verde-escura, suga a seiva das folhas mais jovens, brotos, hastes e flores, causando o encarquilhamento das folhas e encurvamento da parte apical do caule, podendo levar ao atrofiamento e morte das plantas jovens. Este inseto vive em colônias e ataca em todas as fases de desenvolvimento da planta, mas é no viveiro onde os prejuízos são maiores, sendo muitas vezes necessário o controle químico.
O controle na fase de muda pode ser feito de forma eficiente com a aplicação de Monocrotophós (Nuvacron 400â a 0,1%), e outros inseticidas sistêmicos, embora não haja registro de produtos para a cultura no Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento. Na fase adulta, não é necessário efetuar o controle, uma vez que as populações são naturalmente reduzidas com a chegada das chuvas.
Cochonilhas
Duas espécies de cochonilha têm sido observadas afetando a mangabeira, embora de forma menos freqüente que os pulgões. A cochonilha-verde (Coccus viridis) é um inseto de forma oval e achatada, medindo cerca de 5mm de comprimento e de coloração verde-clara. Forma colônias e ataca ramos novos, bem como a face inferior das folhas ao longo da nervura principal. Outra espécie, a Pseudaonidia trilobitiformis, que também ocorre em outras fruteiras como cajueiro e mangueira, tem sido registrada esporadicamente atacando a mangabeira.
O controle poderá ser feito utilizando-se os mesmos produtos destinados ao controle dos pulgões.
Formiga-cortadeira
As formigas cortadeiras do gênero Atta, conhecidas popularmente como saúvas, causam severos danos no viveiro e em plantas jovens quando levadas ao local definitivo de plantio. Em plantas adultas não se observam danos significativos.
O controle é feito com a eliminação dos formigueiros das proximidades, por meio da utilização de formicidas granulados tipo isca ou em pó.

Outras pragas

Alguns insetos de importância secundária também têm sido registrados afetando esta cultura. A abelha arapuá, da espécie Trigona spinipes é um inseto de coloração preta de ocorrência generalizada, que corta os ramos novos, flores e folhas em busca do látex para a construção de seus ninhos, prejudicando sensivelmente o desenvolvimento das brotações e o crescimento das plantas jovens. O percevejo (Theogonis stigma) é um inseto que mede cerca de 20mm de comprimento, de coloração escura e apresenta uma expansão nas pernas posteriores que lembram pequenas folhas. O adulto perfura o fruto verde em vários locais, provocando o seu apodrecimento e queda precoce. Ocasionalmente, as plantas podem sofrer o ataque de lagartas, como Erinnyis ello e Cocytius antaeus, que causam o desfolhamento.
O controle químico desses insetos somente deverá ser efetuado se houver infestações provocando danos econômicos, ressaltando-se que não há inseticidas registrados para essas pragas na cultura da mangabeira.
Os ratos também podem causar sérios prejuízos na fase de viveiro, uma vez que desenterram e comem as sementes recém-plantadas ou em fase de germinação.
O controle pode ser feito por meio do uso de iscas específicas para esses roedores.

Doenças

Apesar da mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) ser uma cultura relativamente nova, esta já apresenta alguns problemas patológicos que merecem a devida atenção do produtor. Estes ocorrem desde o estabelecimento de viveiros para produção de mudas até a implantação da cultura definitiva no campo.
Podridões-das-raízes e Tombamento de mudas
A produção de mudas de H. speciosa pode fracassar devido ao alto índice (até 100%) de mortalidade causada pelo fungo Cylindrocladium clavatum, que provoca o apodrecimento das raízes mesmo sob rega controlada. Em situações graves a aplicação de fungicidas benzimidazóis demonstrou promover um bom nível de controle desta doença. Contudo, nenhum destes produtos está registrado para a cultura.
O fungo Sclerotium rolfssii também tem sido relatado causando morte de plântulas no viveiro, principalmente devido ao excesso de água de irrigação. Ainda não se obtiveram medidas de controle efetivas para essa doença, porém recomenda-se evitar o excesso de umidade no substrato e realizar o tratamento das sementes com fungicidas.
Queima das folhas
Desde a formação das primeiras folhas, estas podem apresentar lesões avermelhadas que se tornam pardo escuras ao longo do tempo. Com a evolução dos sintomas, estas podem vir a apresentar queima generalizada, resultando inclusive na morte de plântulas, podendo haver perdas em torno de 70% em viveiros.
A etiologia da doença ainda não está totalmente esclarecida, apesar de já existirem registros de isolamento do fungo Colletotrichum sp. a partir de tecidos com estes sintomas. Testes de patogenicidade encontram-se em andamento, bem como estudos para definição de medidas mais apropriadas de controle. Contudo, sugere-se que, no viveiro, de forma paliativa seja realizada a pronta eliminação das mudas infectadas para reduzir ou impedir sua disseminação para as mudas que ainda se encontram sadias. As plantas adultas, quando atacadas, geralmente recuperam a folhagem no período seco, sem necessidade de tratamento.
Fumagina
Esta doença é provocada pelo fungo Meliola hancorniana, que causa nas folhas uma fumagina de revestimento. O fungo não causa sintomas necróticos ou de queima nas folhas. Seu controle pode ser obtido com a aplicação de óleo mineral.
Mancha Necrótica dos Frutos
É comum a ocorrência de manchas necróticas em frutos, cujo agente causal foi identificado como Colletotrichum gloesporioides (Penz.) Sacc.
Os frutos apresentam, inicialmente, pequenas pontuações de coloração marrom as quais evoluem para manchas circulares. Esse mesmo fungo, provavelmente é o causador da queima das folhas. Embora possíveis alternativas para o controle de C. gloesporioides na mangabeira ainda não tenham sido desenvolvidas, recomenda-se, que sejam recolhidos e enterrados os frutos afetados e que seja realizada a eliminação e queima dos galhos secos, com o objetivo de se reduzir a fonte de inóculo potencial e conseqüente agravamento dos sintomas.
Seca-dos-ramos
Mangabeiras de diferentes idades podem apresentar os sintomas desse mal, cujo agente causal ainda está indeterminado. Os sintomas se iniciam nas partes mais jovens dos ramos, com o murchamento e seca das folhas, que permanecem presas aos ramos; em seguida, ocorre o secamento, começando pelas extremidades, em direção às áreas de maior diâmetro. Se não forem tomadas medidas de controle, a doença poderá atingir toda a planta, causando a morte. O controle deverá ser feito após a constatação dos primeiros sintomas, através do corte dos galhos afetados, 30cm a 40cm abaixo da margem inferior da lesão, tomando-se o cuidado de proteger o corte com pasta cúprica; em seguida, as partes cortadas deverão ser queimadas.

Colheita e pós-colheita

mangabeira inicia a sua produção entre o terceiro e o quinto ano após o plantio. A partir do quinto ano, a cultura pode proporcionar produtividades de 10 a 12 t/ha, dependendo das condições de clima e solo e do manejo adotado. No litoral do Nordeste, de um modo geral, o principal período de safra dá-se de novembro até abril.
A colheita é feita manualmente, coletando-se os frutos caídos no solo, ou colhendo-se diretamente na árvore os frutos de vez. Neste estádio, os frutos adquirem uma coloração mais amarelada e a pele torna-se menos áspera. Além disso, mostram-se ligeiramente macios quando pressionados, podendo ser armazenados até atingirem o completo amadurecimento, que ocorre entre 2 e 3 dias após a colheita. Os frutos coletados do chão, conhecidos como de caída ou de queda, são aqueles que desprendem-se da árvore, completando o amadurecimento poucas horas após a queda. Esses frutos são os mais valorizados no mercado, embora não possam ser armazenados à temperatura ambiente, devendo serem logo beneficiados. São muito moles e perecíveis, o que dificulta a perfeita higienização por meio da lavagem. Os frutos colhidos imaturos (verdes) não apresentam boa qualidade ou apodrecem; isso faz com os consumidores prefiram comprar a mangaba madura.
De uma forma geral, os frutos colhidos devem ser lavados e secados à sombra em local arejado, sendo em seguida acondicionados em caixas de plástico, quando então deverão seguir para a agroindústria ou para as centrais de abastecimento. Quando a produção é destinada à indústria, os frutos maduros poderão ser acondicionados em sacos plásticos apropriados e congelados para posterior processamento. Ou ainda, podem ser imediatamente despolpados e acondicionados em embalagens que variam de 200g a 10kg, dependendo do destino. A fruta ou a polpa concentrada, mantidas em temperatura adequada, conservam suas propriedades por mais de um ano.
mangaba é utilizada, principalmente, para o fabrico de sucos e sorvetes, sendo uma das mais importantes matérias-primas para a agroindústria desses produtos no Nordeste.
Referências
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ARAÚJO, I.A. de & FRANCO, C.F. de O. Resposta da mangabeira (Hancornia speciosa) à calagem e níveis de adubação mineral. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 16, 2000, Fortaleza-CE. Resumos… Fortaleza: SBF, 2000. p.446.
BARROS, R. da C. Mangabeira, a rainha dos tabuleiros. Horto florestal da Ibura, Sergipe, 1969. 7p.
FERREIRA, M.B. Frutos comestíveis nativos do cerrado. Informe agropecuário, Belo Horizonte, v.6, n.61, p.13-1, 1980.
FRANCO, E.O Cerrado. In: FRANCO E. Biogeografia do Estado de Sergipe. Aracaju: UFS, 1983. p.102-106.
IBGE – Produção extrativa vegetal. Diponível em http://www.sidra.ibge.gov.br/ bda/tabela/protabl.asp?z=t&o=15
LEDERMAN, I.E., SILVA JÚNIOR, J.F. da, BEZERRA, J.E.F., ESPÍNDOLA, A.C. de M. Mangaba (Hancornia speciosa Gomes). Jaboticabal, SP, Funep, 2000, 35p. (Série Frutas Nativas, 2). 
SILVA, J. A. Da; Silva, D. B da; Junqueira, N. T. V.; Andrade, L. R. M. de Frutas Nativas dos Cerrados. EMBRAPA – CPAC. Brasília, 1994, 166 p.
SUDHEVEA. Estudo da viabilidade técnica e econômica da exploração da maniçoba (Manihot spp.) e mangabeira (Hancornia speciosa) como produtora de borracha natural no Brasil. 1978. 73p. Datilografado.
VIEIRA NETO, R.D. Mangabeira (Hancornia speciosa Gomes). In: SIMPÓSIO NACIONAL DE RECURSOS GENÉTICOS DE FRUTEIRAS NATIVAS, 1992, Cruz das Almas. Anais… Cruz das Almas: EMBRAPA-CNPMF, 1993. p.109-16.
VIEIRA NETO, R. D., SANTANA, D.L. Ocorrência e controle do Aphis gossypii em mangabeira (Hancornia speciosa). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 13, 1994, Salvador. Resumos… Salvador: SBF, 1994. p.773-4.
VIEIRA NETO, R.D. Cultura da mangabeira. Aracaju: EMBRAPA-CPATC,1994. 16p. (Circular Técnica, 2).
VIEIRA NETO, R.D. Efeito da Adubação e Calagem no Desenvolvimento de Mangabeiras. Aracaju, EMBRAPA-EMDAGRO, 1995. 5p. (EMBRAPA-EMDAGRO. Pesquisa em Andamento).
VIEIRA NETO R.D. Caracterização física de frutos de uma população de mangabeiras (Hancornia speciosa Gomes). In: Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas, Ba, v.19, n.2, 1997, p.247-250. 
VIEIRA NETO, R.D. Efeito de diferentes substratos na formação de mudas de mangabeira (Hancornia speciosa Gomes). Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas, v.20, n.3, p.265-71, 1998.
VIEIRA NETO, R. D. Recomendações técnicas para o cultivo da mangabeira, Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2001, 26p. (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Circular Técnica, 20).
WISNIEWISKI, A. & MELO, C. F. M. de. Borrachas Naturais Brasileiras. III Borracha de Mangabeira. Belém, EMBRAPA-CPATU. Documentos, 8, 1982, 59p.
Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Alimentação saudável

1. MAÇÂEstudos científicos têm demonstrado que o consumo regular de maçãs ajuda a retardar o envelhecimento da pele, protegendo-a dos raios solares. A fruta é em fibras e vitamina c, reduz risco de câncer e torna o sistema imunológico mais jovem, pois possui flavonóides e polifenóis. Uma pesquisa da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, garante que, para prevenir o câncer, uma maçã pequena e com casca tem o mesmo poder de arrasar os temidos radicais livres que 30 copos de suco de laranja (63 calorias em cem gramas).

A maçã é excelente para prevenir e manter a taxa de colesterol em níveis aceitáveis. Esse efeito é devido ao alto teor de pectina, encontrada na casca. Também tem um efeito acentuado para emagrecimento, pois a pectina dificulta a absorção das gorduras, da glicose e elimina o colesterol. O alto teor de potássio contido na polpa da maçã faz eliminar o sódio excedente, eliminando o excesso de água retida no corpo.

2. AVEIA

De todos os cereais, a aveia é uma das mais ricas em fibras. Ela ajuda a diminuir o colesterol ruim, o LDL. A quantidade recomendada: 40 gramas por dia de farelo ou 60 gramas da farinha.

A aveia previne doenças cardiovasculares por seus efeitos sobre o colesterol, a arteriosclerose, o envelhecimento dos tecidos, a hipertensão arterial e por seus efeitos como antiinflamatório. Para os dentes, combate as cáries. Melhora a concentração e o esgotamento mental. É útil em enxaquecas, insônia, hiperatividade e ansiedade.

Indicada para controle de diabetes, como estabilizadora do nível de açúcar no sangue, porque estimula a atividade do pâncreas, e também como fonte de energia para assimilação lenta e de fibras.

3. ALHO

Um estudo realizado na Alemanha, chegou à conclusão de que 1 grama de alho consumido por dia reduz em 80% o volume na placa de aterosclerose nas artérias.

Pesquisas recentes mostram que alguns de seus componentes, como a alicina (substância responsável pelo sabor e odor), inibem uma bactéria que causa a úlcera e que tem sido apontada como precursora do câncer gástrico.

Reduz a pressão arterial e protege o coração ao diminuir a taxa de colesterol ruim e aumentar os níveis do colesterol bom, o HDL. Pesquisas indicam que pode ajudar na prevenção de tumores malignos. Quantidade recomendada: um dente por dia (para diminuir o colesterol e a pressão arterial).

Rico em componentes que ativam o sistema imunológico e combatem vírus, bactérias e fungos que causam infecções, o alho pode agir como coadjuvante no tratamento de resfriados, gripes e aftas, por exemplo. Além disso, graças aos compostos fitoquímicos (alicina e ajoeno), o alimento ajuda a baixar os níveis de açúcar no sangue e tem ação antioxidante importante no controle do câncer.

4. SOJA

A soja é reconhecidamente o alimento que tem maior teor protéico.

Ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, segundo a FDA. Seu consumo regular pode diminuir os níveis de colesterol ruim em mais de 10%. Há indicações de que também ajuda a amenizar os incômodos da menopausa e a prevenir o câncer de mama e de cólon

Quantidade recomendada: 150 gramas de grão de soja por dia, o equivalente a uma xícara de chá (para reduzir o colesterol).

As substancias presentes na soja atuam devido ao fato de que a leguminosa é rica em isoflavonas. É um fitoestrôgenio, pois imita o estrógeno (hormônio sexual feminino). Quando elas entram no organismo da mulher na menopausa, são capturadas pela mesma proteína que carrega o hormônio estrógeno. Essa proteína leva as isoflavonas até o receptor do estrógeno, onde elas irão atuar como o hormônio, fazendo o papel dele no corpo da mulher. Consumida três vezes por semana a partir dos 25 anos, ajuda as mulheres a manterem os níveis de hormônios regulares depois da menopausa.

Nota: (Luis Guerreiro) - Devido à quantidade de antinutrientes nos grãos de soja recomendamos o seu consumo na forma de missô ou molho de soja.

5. AZEITE DE OLIVA

Evitar todos os óleos vegetais parcialmente hidrogenados reduzirá sua idade verdadeira em 2,7 anos.

Azeites com baixa acidez (de até 0,8%) são chamados de extravirgem e são os de maior qualidade. Para ter essa característica, não podem passar por processos térmicos ou químicos. Sua extração é feita a frio, a temperaturas inferiores a 27ºC, de maneira a conservar melhor aroma e sabor.

Ajuda a prevenir a arteriosclerose e seus riscos; melhora o funcionamento do estômago e do pâncreas; digere-se com maior facilidade do que qualquer outra gordura comestível, não tem colesterol e proporciona a mesma caloria dos outros óleos; acelera as funções metabólicas.

Azeite extra virgem tem muitos antioxidantes anticancerígenos: ômega 3 e esqualeno (que é um composto que previne câncer de cólon).

Extravirgem significa que o nível de acidez é menor que 1%, vindo da primeira prensagem das azeitonas, que foram processadas a frio (processo que preserva os nutrientes e matém o sabor). Quanto mais escuro, mais o sabor é acentuado.

Auxilia na redução do LDL. Sua ingestão no lugar de margarina ou manteiga pode reduzir em até 40% o risco de doenças do coração e aumenta o HDL.

Quantidade recomendada: 15 mililitros por dia ou uma colher (de sopa rasa). Cada grama de azeite tem 9 calorias. 1 colher de sopa tem 125 calorias.

6. TOMATE

Devemos comer o ano inteiro. Diminui 40% de câncer de esôfago se você comer apenas um tomate por semana. Um tomate cru de tamanho médio contém somente 25 calorias.

Tem licopeno, retarda envelhecimento das células da próstata. O cozimento do tomate facilita a absorção do licopeno pelo corpo, portanto o molho de tomate cozido é melhor do que o tomate cru. Coloque azeite de oliva no tomate, para absorver melhor o licopeno. Se for beber suco de tomate coma alguma nozes antes (gordura), pois facilita a absorção do licopeno.

10 colheres de molho de tomate ingeridas semanalmente podem reduzir em 50% o risco de ocorrência de 11 tipos de câncer. Além de ser uma boa fonte de vitamina C, o tomate é ideal para quem quer perder peso, pois contém poucas calorias. 0 tomate funciona como antitóxico e laxante e ajuda o organismo a combater infecções. Além disso, é um excelente depurador do sangue. Também é rico em sais minerais, tais como: potássio, sódio, fósforo, cálcio, magnésio e ferro.

Nunca compre tomates com manchas escuras, partes podres ou emboloradas. Nem compre os verdes, que amadurecem fora do pé, pois eles têm menos vitaminas que os maduros. Escolha sempre os bem vermelhos, firmes e com a casca lisa. Auxilia na prevenção do câncer de próstata. Quantidade recomendada: uma colher e meia (sopa) de molho de tomate por dia.

7. CASTANHA-DO-PARÁ

Auxilia na prevenção de problemas cardíacos. Também ganhou o selo de redutora de doenças cardiovasculares da FDA. Ao ingerir cinco ou seis nozes antes da refeição, você se sente saciado mais rápido e por mais tempo. As mulheres ficarão 3,4 anos mais jovens e os homens, 4,4 anos.

Ela é fonte de vitamina E selênio, que colaboram para frear a produção de radicais livres, desacelerar o envelhecimento e reduzir o risco de doenças do coração. O mineral, ingerido em doses recomendadas (entre 55 e 70 gramas por dia), previne câncer, atua no equilíbrio do hormônio da glândula tireóide, fortalece a imunidade, reduz a toxidade de metais pesados e age no combate aos radicais livres.

Apenas uma noz é suficiente para suprir as necessidades diárias de Selênio no organismo humano.

A castanha-do-pará, por exemplo, já ficou famosa por seu alto teor de selênio, mineral que atua no equilíbrio da tiróide (evitando oscilações de peso), previne tumores, fortalece o sistema imunológico e protege contra a ação dos radicais livres.

8. IOGURTE

O iogurte semi ou desnatado tem mais cálcio por porção do que qualquer outro laticínio. É também uma importante fonte de proteínas, zinco e vitaminas A e do complexo B.

O valor desse alimento está nos 6 milhões de bactérias probióticas (benéficas à saúde) por mililitro. Além de equilibrar a microflora intestinal, elas auxiliam no trabalho de absorção dos nutrientes, prevenindo infecções causadas por fungos, melhora a imunidade, aumentam a absorção de cálcio pelo organismo, controla o colesterol e reduz o risco de câncer. A sua ingestão é uma fonte de ajuda no crescimento das crianças. Mais ainda: o iogurte atenua as olheiras

Um copo de iogurte por dia já traz todos esses benefícios desde que não tenha corantes, conservantes, espessantes nem adição de açúcar - tudo isso pode atrapalhar a sobrevivência das bactérias no organismo.

A quantidade de cálcio diária ideal para ser ingerida é de 1000 a 1200 mg ao dia após a menopausa. 1 copo de iogurte tem aproximadamente 300 mg de cálcio. Calorias 90.
Nota: (Luis Guerreiro) - Melhor que o iogurte é o kefir

9. SEMENTE DE LINHAÇA

Diversos estudos indicam que a linhaça é uma das principais fontes de ácidos graxos do tipo ômega 3. Trabalhos científicos já comprovaram que o óleo de linhaça tem 60% de ômega 3, enquanto o óleo de salmão tem metade, ou seja, 30%. Portanto é uma ótima opção para quem não gosta de peixe ou não pode ter acesso a ele e pretende obter a proteção daquele óleo que é fundamental à nossa saúde.

O ômega 3 é protetor contra as doenças cardiovasculares, pressão alta, trombose, desenvolvimento e crescimento das crianças, doenças auto-imunes, diminui o colesterol, ajuda a controlar o açúcar no sangue e inclusive melhora o ressecamento da lágrima. Pode também ativar o metabolismo, auxiliando a combater a obesidade. Aumenta a imunidade devido ao alto poder antioxidante; previne câncer de mama e próstata.

O alimento é extremamente rico em ácidos graxos ômega 3, baixa o colesterol ruim e a taxa de triglicérides devendo ser consumidos de preferência diariamente, no café da manhã. Estudos recentes atribuem à linhaça propriedades que ajudam a controlar os hormônios. Ela amenizaria os efeitos da TPM e os fogachos da menopausa.

Para diminuir o colesterol ruim (LDL), sintomas de TPM e menopausa, consuma diariamente 1 colher (sopa) de semente de linhaça triturada sobre os alimentos.

A semente de linhaça ajuda na prevenção do câncer de mama por neutralizar a ação do estrógeno sobre essa glândula. A semente de linhaça protege e evita a formação de tumores, pois contém 27 componentes anticancerígenos um deles é a LIGNINA (fitoesteróides), substância que imita o estrógeno. Contém 100 vezes mais Lignina que os melhores grãos integrais. Nenhum outro vegetal conhecido até hoje tem esta quantidade de lignina. Estes benefícios estão relacionados ao fato da lignina ser a precursora dos hormônios enterodiol e enterolactona e estes exercerem atividade sobre o nível de estrogênio.

10. UVA

Tem muitas fibras e tem resveratrol, flavonóide da casca da uva, deixa sistema imunológico e mas artérias mais jovens, reduzindo câncer, derrame, perda da memória e doenças cardíacas. O resveratrol também vem sendo relacionado com a inibição da carcinogênese.

Com propriedades laxativas e diuréticas, as uvas estimulam as funções do fígado, deixando você bem-disposta e com a pele mais bonita. Tem mais: além de serem boa fonte de vitamina C, ferro e potássio, elas contêm pectina (fibra) e bioflavonóides, que evitam o envelhecimento precoce.

A uva vermelha ou preta, presente no suco, ajuda a aumentar o colesterol bom e evita o acúmulo de gordura nas artérias, prevenindo doenças do coração.

Tanto a casca quanto a semente da uva, utilizadas na fabricação do vinho, possuem substâncias antioxidantes, conhecidas como polifenóis, poderosos aliados no combate aos radicais livres.

Fonte: Veg-Brasil


Benefícios:
1 – Vitaminas e fitonutrientes – Previne doenças crônicas e melhora a função celular.
2 – Rica em clorofila – Substância presente em todas as plantas, de coloração verde, que, no homem, tem a capacidade de melhorar a circulação, fazer a oxigenação celular e é riquíssima em magnésio, que atua no processo de equilíbrio ácido básico do corpo.
3 – Enzimas - Ter uma alimentação rica em enzimas vegetais faz o corpo funcionar melhor e proporciona aumento de energia e melhora na digestão.
4 – Água - É capaz de hidratar muito mais o nosso sistema justamente por ser rica em vegetais. A água contida nos alimentos tem ligação químicas diferentes e, portanto, tem melhor absorção celular.
5 – Gorduras – A alimentação viva traz ao corpo os melhores óleos da natureza necessários para o funcionamento celular, melhorando funções neurológicas, prevenindo doenças inflamatórias. Não usamos gorduras saturadas, somente óleos de coco e de abacate, o próprio abacate, azeite de oliva, sementes de chia e linhaça, nozes e macadâmias. Todos esses óleos, com exceção do de coco, são sensíveis ao cozimento. Por esse motivo, sempre devem ser consumidos crus.
6 – Equilíbrio acido básico – A alimentação viva é totalmente alcalina, gerando a condição ideal para o sangue e, portanto, para o funcionamento celular.
7 – Frutas – Ricas em vitaminas, fornecem o sabor doce a muitos pratos, além de saciarem o paladar.
8 – Superalimentos verdes – Todas as folhas, assim como clorofila e spirulina, são riquíssimas em minerais e proteínas.
9 – Grãos - Por diversas razões antinutricionais, são consumidos com moderação, como a presença do glúten, por exemplo. Recomenda-se em baixas dosagens. Costumo indicar trigo sarraceno, trigo em grãos, grão de bico e lentilha. Sempre deixados de molho por 8 horas, escorridos e germinados ou desidratados até 60 graus.
10 – Antienvelhecimento – Isso ocorre pela restrição calórica que ocorre naturalmente com a alimentação viva.

O que não pode faltar na dispensa ou na geladeira de quem segue esse estilo de vida
Alimentos orgânicos
, superalimentos como maca andina, spirulina havaiana, chlorella, pólen de abelhas, óleo de coco, goji berries, cacau orgânico, entre outros. Mas, o principal mesmo, são os itens de cozinha: liquidificador de alta potência, processador, coadores de tecido, faca de chef, desidratador.
Principais frutas - Limão, macas, laranjas, abacates, bananas e coco verde.
Vegetais – Couve, espinafre, alface, pepinos, salsão, salsa, abobrinha, cebola, tomate e pimentões.
Ervas – Menta, manjericão, alecrim, orégano.
Oleaginosas – Nozes, castanha do pará, amêndoa, macadâmia, semente de abóbora, girassol, linhaça e chia. Recomendamos deixar todas de molho por quatro horas e depois desidratar por mais 8 horas para eliminar fungos e fatores antinutricionais.
Grãos – Sarraceno, trigo comum, lentilha, grão de bico.
Manteigas vegetais – Manteigas de gergelim, amêndoa, e castanhas.
Óleos - Azeite de oliva, óleo de linhaça, óleo de coco extravirgem, óleo de gergelim não torrado
Sais – Sal rosa do Himalaia e sal celta.
Condimentos – Vinagre balsâmico, vinagre de maçã, shoyo, misso.
Temperos – Curry, cúrcuma, açafrão, gengibre, pimenta, alho em pó, noz-moscada, gengibre seco
Frutas secas – Ameixas, damascos e tâmaras
Adoçantes naturais – Agave, stevia, mel orgânico

ALIMENTAÇÃO VIVA
Preza pela comida vegetariana/vegana, orgânica em sua maior parte, não-cozida, onde os alimentos estão no seu estado natural, sem serem processados e refinados. É baseada no conceito de que as altas temperaturas destroem os nutrientes e os fitoquímicos, que são fundamentais para a saúde. Esse tipo de alimentação regula o corpo, restabelece as funções fisiológicas e equilibrar o terreno biológico, principalmente naquilo que diz respeito à saúde do sistema imunológico e nervoso.

O QUE SE COSTUMA COMER
Comemos tudo aquilo que a natureza oferece e ainda temos instrumentos para potencializar esses alimentos, como o processo de fermentação e germinação, assim como técnicas especiais para criarmos verdadeiras replicas de alimentos que são familiares, com aromas, texturas, odor e cor, mas na versão raw. É permitido comer tudo aquilo que vem da natureza e que não vem de origem animal. Frutas, verduras, sementes, oleaginosas, óleos essenciais, frutas secas, sementes germinadas.

O QUE NÃO É PERMITIDO
Muitos seguidores, como eu, comem 70% cru e 30% cozido e ainda incluem peixe de boa qualidade e ovos orgânicos. Outros comem o mesmo percentual, mas são veganos – não incluem nem mesmo o mel na alimentação). Os mais radicais comem 100% cru. Mas, seguindo o princípio clássico da alimentação viva, inclui aquilo que a natureza nos oferece de forma integral. Portanto, alimentos refinados, pães, massas, farinhas, leite, derivados de leite, açúcar e carnes não estão inclusos.

SUPERNUTRIENTES PARA O CORPO
Por incluir todos os vegetais, sementes germinadas, alimentos fermentados, orgânicos, a alimentação viva tem capacidade de fornecer uma gama de nutrientes e supernutrientes que uma alimentação convencional. Além de prevenir e ajudar no tratamento de doenças como câncer, diabetes, depressão, doenças cardiovasculares, hiperatividade, déficit de atenção, esclerose.

IMPORTÂNCIA
Regula o terreno biológico e a bioquímica. Além de fazer o sistema digestivo funcionar melhor, as bactérias intestinais são trocadas, o sistema imune é fortalecido, desintoxica o fígado e aumenta todas as vias de excreção de substâncias tóxicas do corpo. Fornece gorduras, vitaminas, minerais, enzimas e a água que o corpo tanto necessita.

AJUDA A EMAGRECER
Mesmo que o paciente coma muito bem, inclusive alimentos calóricos como nuts (oleaginosas), azeites e óleos essenciais, o emagrecimento ocorre. Primeiro por desintoxicar o corpo e, depois, por ocorrer uma restrição calórica natural. É uma alimentação tão rica em nutrientes, que o corpo passa a se regular de forma única e acabamos comendo pouco. Come-se muito bem com muitos vegetais, sementes, óleos, e preparações deliciosas, mas ficamos satisfeitos de uma forma realmente intrigante.

por Juliana Rocha, nutricionista, chef de cozinha e instrutora de raw food(alimentação viva).


Confira cinco alimentos que ajudam na conquista da barriga sarada

Ter uma barriga definida é desejo de muitos homens e mulheres. A conquista está aliada à rotina saudável, com uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos com regularidade.
O blog escalou a nutricionista Danielle Milhão para explicar como a alimentação pode ajudá-los na conquista de uma barriga sarada. Espero que gostem!

Cinco alimentos que você pode incorporar à dieta
• Carne magra (gado, frango ou peixe)
• Ovo
• Integrais (arroz integral e pão integral)
• Fibra de maracujá
• Linhaça
(Obs.: Não esqueça de beber muita água!)

Dica do nutricionista
- Alimentos ricos em proteínas são recomendados para quem deseja uma barriga sarada e fazem a musculatura ficar tonificada em conjunto com um bom treino, deixando a barriga mais durinha.
- Já a fibra de maracujá, a linhaça e os alimentos integrais auxiliam no melhor funcionamento intestinal, fazendo liberar hormônios que mantêm o equilíbrio do corpo e a pessoa perde gordura com maior facilidade ( principalmente arroz e pão integrais, que são os mais presentes no nosso dia-a-dia).
- Se você conseguir substituir os refinados por alimentos integrais será uma ótima escolha, já que possuem fibras, um dos principais segredos para diminuir a gordura da barriga, já que ela elimina as toxinas e absorve as gorduras ingeridas.

Cinco alimentos que irão atrasar seus ganhos:
• Açúcar
• Doces
• Alimentos congelados
• Refinados (pão branco e arroz branco)
• Biscoitinhos

Os alimentos que devem ser evitados possuem grande quantidade de carboidratos de rápida absorção, que facilitam o acúmulo de gordura, principalmente abdominal. Outra característica que estes alimentos possuem é o fato de não proporcionar saciedade como os integrais, então a tendência é você comer mais. Os congelados possuem muito sódio e gorduras não saudáveis.


SAÚDE EM DIA
Os cuidados que você tiver serão válidos não apenas para sua barriga, mas para deixar o corpo todo em forma